Campo Grande (MS)- Uma trajetória musical iniciada em 1966 que sempre teve como marca, o regionalismo impresso em cada letra e melodia de suas músicas. Independente de julgamentos, o Grupo Acaba se auto define como ‘defensor do Pantanal’ já que a banda leva em suas composições, a fauna, a flora, cultura indígena, o folclore Pantaneiro e comportamentos típicos da região, sempre evocando a preservação ambiental e a inserção social de quem nela vive.
Para divulgar esse legado da música regional, foi produzido um documentário sobre os 50 anos do Grupo Acaba – “Cantadores do Pantanal” -, onde conta a história da banda, sua origem, clipes, depoimentos e registros de acontecimentos históricos durante esse período.
O lançamento será dia 30 de setembro às 19h, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, com entrada gratuita. O filme mostra a influência da musicalidade do Grupo Acaba na formação da cultura musical do MS, tornando-se referência para outras bandas e artistas do Estado. O documentário tem a direção de Fábio Flecha e produção de Tania Sozza.
Para Moacir Lacerda, compositor, percussionista e um dos vacais da banda, o grupo sempre fez referência e procurou destacar nossa posição geográfica. “O Pantanal não tem limites, o Pantanal é uma diversidade e a gente convive com isso. O Grupo Acaba nunca foi fechado embora a gente venha de raízes de folclore, mas nós temos uma questão social, do show business, da fronteira. Até teses de doutorado foram defendidas utilizando nossas composições”, conta explica Moacir.
O Grupo Acaba foi criado em 1966 por iniciativa dos irmãos Chico e Moacir Lacerda. Os dois nasceram em Corumbá, em Albuquerque e Porto Esperança. O nome Acaba é uma abreviação de Associação dos Compositores Autônomos do Bairro Amambaí.
Defensores da fauna e flora de Mato Grosso do Sul, principalmente do Pantanal, o grupo acabou atuando de forma ativa e como protagonista em diversos eventos históricos pela defesa do meio ambiente como: SOS Pantanal 1980, contra as instalações de usinas de álcool na bacia pantaneira, mobilização de estudantes e da população de Campo Grande em 1985 contra a mortandade de peixes no Rio Miranda, representando o Estado de MS no Fórum Global da Conferencia Mundial de Meio Ambiente, Rio92.
Atualmente, a banda é formada por 12 músicos. Adriano Praça de Almeida, Alaor Pereira de Oliveira, Antonio Luiz Porfírio, Carlinhos Batera, Chico Lacerda, Douglas Santos, Jairo Henrique de Almeida, Lara José Charbel Filho, Luiz Sayd, Moacir Lacerda, Vandir Nunes Barreto e Tião Cesar se dividem entre instrumentos e vocais.
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