Campo Grande (MS) – Na última matéria especial sobre Corumbá vamos dar sugestões de passeios para quem for prestigiar o tradicional Arraial do Banho de São João e quer conhecer os atrativos da Cidade Branca.
A cidade hospitaleira, cultural, histórica e de belezas naturais oferece excelentes opções tanto para o descanso, quanto para quem procura lazer ou aventura, é um convite ao convívio com a natureza.
Nesta quinta-feira (22.6) começa o Arraial do Banho de São João e se estende até domingo (25.6), no Porto Geral de Corumbá. Um dos pontos altos do evento é a Lavagem do Santo, nas águas do Rio Paraguai, dia em que os festeiros descem a ladeira Cunha e Cruz, carregando seus andores, com destino à prainha do rio Paraguai para banhar a imagem de São João. Os festeiros, que são muitos, também abrem suas casas para a festa do Arraial do Banho de São João.
Então, aproveite para prestigiar a cidade corumbaense.
Pontos Turísticos
Rio Paraguai – Margeado por árvores é navegável em quase toda a sua extensão.
Casa da Escultora Izulina Xavier – Na casa estão expostos artesanatos confeccionados em pó de pedra e concreto, cerâmica e entalhes de madeira.
Igreja Nossa Senhora da Candelária – Inaugurada com solenidade em 1.885, a igreja localizada em frente à praça da República tem em seu altar um brasão da coroa portuguesa.
Santuário Maria Auxiliadora – No Santuário está a escultura de madeira de lei construída na década de 50 pelo artista plástico Burgoso, amigo pessoal de Pablo Picasso, que viveu em Corumbá e deixou inúmeras obras de madeira e gesso, o espaço está na rua Dom Aquino Correia.
Cristo Rei do Pantanal – Confeccionado pela artesã Izulina Xavier, o Cristo Rei do Pantanal está situado no topo do Morro do Cruzeiro, na parte alta da cidade. De lá é possível contemplar uma diversidade de paisagens, tanto a urbana quanto as características do relevo e da vegetação típicos da região. Uma das vistas mais bonitas do local é o impressionante por do sol pantaneiro. O trajeto para chegar ao Cristo Rei também é um atrativo à parte. Ao longo do caminho, esculturas de Izulina Xavier representam as 14 estações da Paixão de Cristo.
Ladeira Cunha e Cruz – Conhecida também como “Ladeira da Candelária” é um dos principais acessos ao Porto Geral e ao rio Paraguai. Seu nome é uma homenagem a um capitão da tropa brasileira que derrotou os paraguaios. No local travou-se a sangrenta batalha de 13 de junho de 1.867. Uma Segunda ladeira, a José Bonifácio – construída em 1.922 liga o centro da cidade ao porto.
Casa do Massabarro – Foi criada para incentivar a arte em cerâmica. Seus artistas são jovens que modelam a flora e fauna pantaneiras com argila.
Museu da História do Pantanal (Muhpan) – Inaugurado em 2008, o Museu da História do Pantanal está sediado em um antigo casarão onde existia um armazém na época de ouro do comércio fluvial em Corumbá. O acervo conta a história da formação do povo pantaneiro, e o grande diferencial está no uso da tecnologia para contar a história da ocupação humana no Pantanal.
Quem visita o Muphan faz uma ‘viagem’ lúdica, didática e interativa por oito mil anos de história, desde o tempo em que os índios eram os únicos moradores da região, passando pela colonização, a vinda dos imigrantes portugueses, espanhóis e árabes, pelo período de glória da navegação e a chegada da ferrovia.
Forte Coimbra – Localizado numa área de difícil acesso foi construído em 1.775 para defender o território brasileiro contra as invasões espanholas. Foi cenário também de batalhas na época da Guerra do Paraguai. Tombado em 1.975 hoje cedia a artilharia de costa da 18º Brigada de Infantaria de Fronteira do Exército.
Casario do Porto – Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1.992, o cartão postal do município ainda guarda vestígios de um período de grande prosperidade. Os prédios abrigavam grandes empórios, agências bancárias, curtumes e a primeira fábrica de gelo do Brasil. O prédio Wanderley, Baís&Cia, construído em 1876 é um dos mais belos do porto.Outro casarão de igual valor arquitetônico é a casa Vasquez & Filhos, construída em 1909 pelo arquiteto italiano Martino Santa Lucci. O casario que fica no Porto geral é um dos principais pontos turísticos da cidade.Em 1814, era o 3º maior Porto da América Latina, desembarcavam navios com mercadorias para compra e venda da Europa para o Brasil.
Forte Junqueira- Construído em 1871 logo após a Guerra do Paraguai, está localizado numa área privilegiada de onde se avista o Pantanal. Os doze canhões fabricados na Inglaterra nunca foram usados. As paredes são de calcário e tem meio metro de espessura. O Forte que está situado hoje dentro do Quartel do 17º Batalhão de Fronteira – Batalhão Antonio Maria Coelho tem esse nome em homenagem a José Oliveira Junqueira, Ministro da guerra na época de sua construção.
Estação Natureza Pantanal – Fundação Grupo Boticário: Bom lugar para levar as crianças, tem painéis interativos que detalham a natureza do Pantanal. Maquetes, imagens e sons mostram as formações geológicas, a fauna, a flora e a hidrografia da região, além da história de seus habitantes. A O espaço está localizada no Porto Geral, para conhecer é preciso pagar uma pequena taxa.
Estrada Parque – A Estrada Parque passa dentro do pantanal, onde é possível contemplar ao longo dos seus 120 quilômetros aves, mamíferos e jacarés. Na Estrada Parque está o Porto da Manga que se destaca pela mostra maravilhosa da flora dos ipês, das bocaiúvas e animais vivendo em perfeita harmonia.
Praças
As praças são espaços arborizados cheios de história, perfeitas para as crianças brincarem ou reunir a família para tomar tereré. As praças da República e da Independência merecem visita. A primeira foi cenário da batalha final da retomada de Corumbá em 1870, onde tem um obelisco feito em mármore em homenagem aos heróis da Guerra do Paraguai.
Inaugurada em 1917, a Praça da Independência é toda murada em mármore com portões de ferro, possui um coreto em forma octagonal que foi importado da Alemanha, de onde também veio o mosaico do calçamento da parte externa. As plantas nativas da região, como o carandá, a bocaiúva e o ipê-roxo, integram a diversificada arborização.
Principais Eventos
Corumbá é conhecida por sediar vários eventos ao longo do ano. O carnaval, considerado o maior do centro-oeste brasileiro, costuma animar bastante a região atraindo viajantes de todo o país.
A festa de São João, que acontece em junho, representa mais de 130 anos de sincretismos e tradição popular. O ponto alto da celebração acontece quando os fiéis levam o santo e seu andor para tomar banho no rio Paraguai. Dizem que passar em baixo do andor é a simpatia perfeita para quem quer casar.
A festa de Nossa Senhora do Carmo acontece todo 16 de julho no Forte Coimbra e celebra o fato curioso que durante a guerra do Paraguai, quando os brasileiros não tinham mais munição, os combatentes colocaram a faixa de comandante do forte na santa na esperança que, devido à religiosidade paraguaia, uma trégua aconteceria. Graças a ela, as forças brasileiras puderam se retirar em segurança antes da continuidade do ataque.
O Festival América do Sul Pantanal (FASP), um importante encontro para a região de fronteira que fala sobre arte e música.
Confira outros eventos populares com datas:
Santo Antônio – Sua data, por coincidência, é dia 13 de Junho, dia da Retomada de Corumbá a maior parte da população participa da missa e da procissão. Destaca-se o Baile de Gala, segundo tradição, símbolo do amor, com vistas ao bom casamento.
Festa de São Pedro – É realizada dia 29 de junho, e é organizada pela colônia de pescadores. A procissão é acompanhada pela banda da Marinha e após o programa religioso o Cururu (dança folclórica) tem seu espaço, até a madrugada.
Padroeira – No dia 2 de fevereiro, comemora-se em Corumbá, a Festa de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade.
Fronteira
Realizar compras de produtos importados e artesanatos nas lojas e shoppings da Fronteira Binacional – Brasil e Bolívia, a menos de 7 quilômetros do centro de Corumbá, é uma opção privilegiada por turistas que aqui chegam. Lá podem encontram produtos de marcas famosas há alguns metros da fronteira, assim como nas cidades vizinhas de Puerto Suarez e Puerto Quijarro, que contam com uma Zona Franca para compras de produtos. Puerto Suárez e seu mirante, também não podem ficar de fora da visita, a cidade se tornou um centro comercial importante para a região, por isso, para complementar o passeio, não volte para Corumbá antes de provar uma salteña e uma Paceña – cerveja boliviana.
Como Chegar:
Com a maior infraestrutura turística da região do Pantanal, Corumbá está conectada ao maior hub distribuidor e emissor de turistas do Brasil, a grande São Paulo – Aeroporto Internacional de Campinas/SP (Viracopos), com 4 voos semanais, com duração de 02 horas, realizados por jatos Embraer de 106 lugares, sem escalas e conexões.
O voo a Corumbá, além de ser uma opção rápida de transporte é também uma emoção, proporciona ao viajante a experiência de sobrevoar a imensa planície pantaneira.
Por terra chega-se pela BR 262, uma rodovia pavimentada onde circulam ônibus regulares para Campo Grande, São Paulo e Rio de Janeiro. Também esta conectada com a América do Sul por rodovia asfaltada – 675 Km, 02 voos diários que saem da Bolívia para o mundo, a 15 minutos do centro da cidade de Corumbá, do qual se separa por fronteira seca.
De Carro/Ônibus/Vans:
Partindo de Campo Grande a Corumbá: 420 km
Empresa Transportadora Andorinha S/A
Partindo de Bonito a Corumbá: 350 km
Empresa Transportadora Cruzeiro do Sul S/A
Partindo de Ponta Porã a Corumbá: 630 km
Empresa Transportadora Cruzeiro do Sul S/A
Itens indispensáveis para sua viagem a Corumbá/Pantanal:
Na bagagem leve uma mochila (importante para os passeios), tênis/bota para caminhada (antiderrapantes), chinelo, óculos de sol, boné/chapéu, protetor solar, repelente, lanterna, cantil, binóculo, capa de chuva, roupas e toalha de banho biquíni/maiô/sunga, toalha pequena para os passeios, agasalhos (em especial para o inverno ou noites) e roupas leves e claras como calça tactel (cavalgada/passeios).
Monte também uma farmacinha básica para as crianças caso tenham febre, dor de ouvido, pomadinha antialérgica para picada de insetos, etc. Ah, leve a câmera fotográfica e muita empolgação!
Mais matérias sobre a Cidade Branca, acesse:
Corumbá, as belezas de uma cidade hospitaleira e cheia de histórias
Cozinha pantaneira: os sabores regionais de Corumbá
Vídeo Institucional: http://corumba.travel/
Raquel dos Passos – Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS)
Fotos em destaque: Bolivar Porto
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